sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Fome de quê?


Numa reportagem de determinada revista, li uma matéria sobre o quanto a criatividade tem sido importante para uma nova visão da cidade de São Paulo, como "ela" se reinventa e atrai mais turistas e mais dinheiro (segundo a reportagem, o PIB da criatividade já soma R$ 40 bilhões). Um dos subtítulos é "OS CRIATIVOS - Algumas das mentes por trás da efervescência paulistana" . Escreve-se sobre pessoas que usaram a sua capacidade criativa e conseguiram transformar espaços, gerar entretenimentos, empregos, ajudam a tornar a cidade um lugar melhor para se viver.

São citadas cidades como NY, Londres e Berlim, para exemplificar como isso já ocorre fora do país.

Precisamos de alunos criativos, alunos que não tenham fome só de comida, mas também de CULTURA, ARTE. Serão adultos que farão a diferença no ES... se forem despertados para isso. A escola é um caminho, se não o caminho. Pena que não nos incluem nas decisões, não nos valorizam... Ao contrário, tentam criar caso entre os próprios colegas, brigando e defendendo seus espaços (para não dizer suas disciplinas) como se tudo fosse compartimentado.

E os alunos? E a verdadeira razão de ser da escola? Ninguém quer saber do que NÒS também temos fome.

Eu tenho fome de fazer da escola um lugar vivo, um lugar em que PINTURA, LITERATURA, HISTÓRIA, ESCULTURA, MÚSICA, TEATRO, CIÊNCIA, MATEMÉTICA... enfim, tODO TIPO DE CONHECIMENTO contribua para o respeito às diferenças, a transformação do olhar e das atitudes do HOMEM, que ELE seja o autor, que ELE elabore suas perguntas e busque suas respostas.


Marginalizam-nos... querem diminuir nossa capacidade de decisão, de transformação. NÃO, não podemos nos calar, nós estamos nas escolas, nós queremos criar, reiventar também. Precisamos de tempos e espaços para isso. Por que querem calar nossas vozes?!!!!

Queremos UM TERço do PLANEJAMENTO, queremos ser os SUJEITOS, os autores da nossa HISTÓRIA. Queremos decidir, junto com a comunidade escolar, o que é melhor para o nosso aluno sem puxar a farinha para esse ou aquele saco, ficar olhando para o próprio pé e preocupado consigo mesmo.

Queremos colocar em prática os nossos ideais, sermos valorizados para fazermos o melhor possível para o NOSsO aluno, nossa comunidade, nosso município, nosso EStado...

É um desabafo... estou um pouco cansada de dar murro em ponta de faca... Quando isso tudo vai mudar?!